Então chegou junho, mês do Camping Rock 2019.

E para dar uma atualizada nas informações sobre esta tão aguardada edição de 20 anos, Rock e Cia conversou com Magela Medeiros, produtor do evento, juntamente com o João Batista, da Purple Records.

Magela Medeiros

Rock e Cia: São 20 anos ou são 20 edições do Camping Rock?

Magela Medeiros: É a vigésima edição. O festival teve início no final da década de 90, mas ficamos dois anos sem realizar, 2015 e 2016. Aquela coisa da “Metamorfose Ambulante”, o processo do festival também teve momentos de modificação nesses 22 anos.

Rock e Cia: Você tem ideia de quantas bandas já tocaram no Camping Rock?

Magela Medeiros: Tivemos edições gigantescas. Ano passado, foram 30 bandas. Mas já tivemos edições com mais do que isso. Imagino que sejam quase 400 bandas, dentre elas alguns grandes nomes do rock dos anos 70.

Especialmente na segunda fase do festival, que aconteceu muito em Itabirito, na Fazenda Chaparral, entre 2007 e 2011, tivemos bandas como Violeta de Outono, Quaterna Réquiem, Made in Brasil, Casa das Máquinas, O Som Nosso de Cada Dia e Patrulha do Espaço. Depois, em Baldim, rolou Terreno Baldio, fizemos a volta da banda Módulo Mil, e da banda Veludo, do Rio de Janeiro, que fez seu retorno ano passado em Araçaí, assim como a Banda do Lixo, uma referência histórica dos anos 70. E das bandas mineiras, a lista é grande: Concreto, Cartoon, Cálix, Somba, Overdose, Kamikaze, Mantra, o heavy metal do interior do estado. Podemos citar o Tuatha de Danann nos primeiros anos do Camping Rock, vindo de Varginha; Dark Side, de Viçosa; Neveland, de Governador Valadares; Vandaluz, de Patos de Minas, que ganhou uma seletiva do festival. Tem o Zé Trindade, que não está na ativa, mas que tem muita história no festival. Lembro também de um show antológico do Seu Madruga às seis da manhã.

Acaba que o Camping Rock é um encontro anual, uma espécie de carnaval do roqueiro, com galera de vários locais do Brasil. Tem o caso da banda Morgana, que tocou na primeira edição, e cujos músicos criaram uma grande relação com o festival.

É complicado enumerar bandas, impossível não fazer injustiça. Teve a Dogma, banda fantástica de rock progressivo, a Cia de Blues, e coisas novas que vieram de fora de Minas, como Carro Bomba e Baranga, duas bandas de São Paulo que o festival ajudou a popularizar.

Rock e Cia: Quais são os destaques da edição 2019? Qual o espaço do Autoral?

Magela Medeiros: Tivemos realinhamentos internos na direção, desde o retorno do festival na edição 2017. A ideia é manter o espírito do festival e garantir o espaço do Autoral, que cresceu ao longo das edições porque eu venho das rádios comunitárias, das rádios livres, onde a cena do rock tocou. Então, a minha chegada a produção do Festival trouxe esse espaço para o Autoral. Então neste ano teremos espaço para os tributos e para os autorais.

 E também novas vertentes, como as Ablusadas, que já fizeram turnê na Argentina, uma big band com 8 meninas que já está fazendo vários shows. Do interior teremos uma heavy metal muito bem tocado de uma galera de Barroso, que é o Apple Sin, uma banda muito legal. Da cena de Contagem, que está fervendo, vamos ter o hard rock da Wild Leather; o Exxordium, muito massa, cantando em português.

Vamos ter o retorno do Cálix ao Camping Rock, que tocou em 2008 pela última vez no festival. O Mantra, num show lindo. Alexandre Araújo vai fazer uma homenagem ao irmão Marco Antônio Araújo. Ainda no Blues, o festival vai ser aberto pela Blues Horizonte.

A galera do som mais pesado vai ter a Pesta, lançando o segundo disco. A volta do Metalzone, com músicos que já passaram pelo Camping Rock, O som do In Rock

A expectativa de todos é a melhor possível. É uma edição que tem tudo para também ser histórica. Acho que é uma edição de oxigenação do festival.

Magela Medeiros

Rock e Cia: E com respeito à infraestrutura da Estância Veredas, o que você pode contar pra nós?

Magela Medeiros: A novidade desta edição é que praticamente tudo que ocorrer dentro da área da fazenda, é de responsabilidade do festival. Pela primeira vez, teremos restaurante e bares administrados pelo Camping Rock. Essa foi uma maneira que encontramos de fazer frente a todos os novos custos do festival, sem precisar aumentar o preço do ingresso, e tornar o evento autossustentável. Este é o primeiro ano que terá isso. Teremos um restaurante 24h perto da área de Camping. E barracas de bebida mais perto do palco, com caldos e tal, por causa do friozinho.

A limpeza dos banheiros, que é sempre um gargalo, desta vez será administrada pelo festival, que conhece as necessidades do seu público. A manutenção será melhor.

Com o nosso acompanhamento mais próximo, as coisas tendem a funcionar melhor do que no ano passado.

Teremos alimentação vegetariana e vegana e cerveja artesanal.

Rock e Cia: E sobre os ingressos?

Magela Medeiros: Estamos no segundo lote até sexta, dia 07 de junho, a R$180,00. Já tivemos duas promoções e a resposta foi bem legal da galera.

A renda do restaurante e a venda de bebidas vai ajudar, e com isso a gente está podendo fazer uma promoção neste segundo lote que aproveita o fato de ser um evento feito de turmas. Você compra 4 ingressos por R$720,00, e ganha mais 1, de modo que cada ingresso sair a R$144,00.

Rock e Cia: Como comprar os ingressos?

Magela Medeiros: na Purple Records e no site www.ahoradodinossauro.com.br. A galera tem que aproveitar até sexta porque o preço do terceiro lote é de R$230,00, já a partir do dia 08.

Rock e Cia: Vai ser possível comprar ingressos na porta?

Magela Medeiros: Olha, o espaço é grande, mas temos um limite de pessoas. Mas acredito sim que quem aparecer lá vai conseguir comprar na porta e entrar, mas ao preço de terceiro lote.

Rock e Cia: As pessoas vão poder comprar ingresso para um dia só?

Magela Medeiros: As pessoas vão estar usando pulseira, ou seja, podem sair e voltar, mas ingressos para um dia somente, só no sábado para domingo, que teremos venda sim. E teremos dois shows no domingo, um deles com a banda Honky Tonk.

Rock e Cia: E a lista de atrações já está fechada?

Magela Medeiros: Ainda não, podemos ter alguma surpresa. Depende ainda de a gente conseguir viabilizar uns planos.

Bora colar no Camping Rock?

X